22 de jun. de 2010

- happy together 2 .

Eu não sei exatamente como aconteceu, só sei que ele veio me empurrando pra traz, como se fosse me encostar contra a parede, mas não tinha parede. Perdi o equilibrio do salto e quase cai, mas ele foi mais ágil e me segurou. Como ja tinha bebido umas e mais outra, começei a rir igual uma retardada, mas ele me silenciou e colocou um dedo na minha boca fazendo "shhh" e só depois percebi que estava nos amassos, no meio do casamento do meu pai, com um total estranho, e bem alegre.
Começou a tocar Mr Brightside do The Killers e quando olhei pra ele, era um daqueles momentos tão magicos e únicos, que apenas me deixei levar pela música, pois ela nunca mente.

Quando voltei pro salão, obviamente sozinha, tive que ir correndo pro banheiro. Meu vestido estava BEM amassado e deveria ter alguma coisa fora do lugar, e meu cabelo, WOW MEU CABELO!, tinha grama pra tudo quando é lado, e tentei dar o melhor de mim pra tentar esconder certos vestígios do que acabara de acontecer.
Nisso Helena entra no banheiro e quando me vê, fica mais aflita ainda!
- Meu bem, onde você se meteu e o que aquele safado fez com você?
Só de lembrar, sorri igual uma debil mental e olhei pros meus pés que por sinal... estava sem as sandálias.
- As minhas sandálias!
Helena olhou e logo intendeu tudo o que havia acontecido.
- Ahhh, minha menininha safadiiinha!!! Ahaha, estou muuito orgulhosa de você, como foi?
- Cala boca e me ajuda a procurar minhas sandalias, e estou bebada e se não achar vou começar a chorar igual um bebê, e você sabe disso!
- Calma, você não acha que sair por ai correndo igual uma louca via chamar mais a atenção, provocar suspeitas e até prejudicar alguém que... bom... deve ter feito um bom trabalho julgando pela cor das suas bochechas...
O maior problema em relação as minhas melhores amigas, é que elas me conheçem tão bem que conseguem facilmente me constrager também, sabem o seu ponto fraco.
Resolvemos voltar pra mesa e comer um doce, mas quando cheguei notei algo que não estava lá antes e era as minhas sandalias e uma tulipa.
- Não precisamos mais procurar, eles me acharam. - disse pra Helena.
- Você é tão bom de cama, ou de grama, como preferir, que ele já está até te dando flores? Amarra o bofe que ele é um achado. - e deu uma piscadinha pra mim.
Como a festa estava na parte 'balada' poucas pessoas estavam na mesa e meu pai estava mais louco do que eu para de preocupar apenas em não cair muitas vezes ou machucar alguma criança que estava por lá.
Começou a tocar Get you Home do Shwayze e sai pra pista de dança com Heleninha e todo o pessoal. Pareçia realmente uma balada aquele casamento, e nunca fiquei tão feliz de ter perdido meu tempo naquela playlist. O som foi aumentando, as horas foram passando e as pessoas foram embora, e nisso, mesmo sem sandálias, eu já estava lindamente sentadinha com meu copo de água. Como se dançar tivesse sido a única coisa que me deixara exausta...
A minha avó e a Infortúnia foram se sentar com a gente na mesa e reparei que as duas tinham ficado muito próximas nas ultimas horas, e não sabia de quem sentia mais dó.
- Olha, netinha, essa sua prima é muito da boba - minha avó disse e eu e Infortúnia nos entreolhamos tipo... primas? - Um rapaz muito do geitosinho dando mole pra ela, e ela com vergonha de tomar iniciativa!
- Se ela não tomou, alguém tomou por ela. Nós nunca perdemos oportunidades, alguém aproveita em nosso lugar. - e nunca vi Infortúnia me olhar com tamanha cara de ódio.
Quando terminei de calçar as minhas sandálias e Infortúnia havia sentado, metade das pessoas já haviam ido embora, logo deduzi que tinha passado um bom tempo naquele jardim, e vi que a banda do tal do Fletcher estava indo embora, e antes que pudesse fazer alguma coisa, Infortúnia já tinha corrido na velocidade da luz e estava ao lado dele TENTANDO fazer charme. Shamu faria mais sucesso que ela nesse quesito.
Me neguei a ficar olhando ou ir atras dele igual aquelas meninas desesperadas que se apaixonam por homens tão facilmente quanto trocar de calçinha, e continuei sentada na mesa, terminando minha agua, mas não deixei de ficar curiosa com o que eles deveriam estar falando.


Tom's Pov.

- Também foi um enorme prazer te conheçer e voce poderia me fazer um favor ? - eu disse
- Claro, o que você quiser! - disse a menina com um nome estranho demais pra mim decorar.
- Bom, você pode entregar esse cartão para a menina que está ao seu lado na mesa? Eu acho que ela é filha do homem que casou hoje, eu ficaria muito grato se você pudesse fazer isso por mim.
Os olhos dela refletiam uma certa indecisão sobre aceitar o pedido, ou recusar, mas acabou por pegar, sorrir e falar que entregará sim para aquela garota.
Me despedi dela e fui ajudar os dudes a colocar as coisas na van, pois de lá voltariamos para Londres e eu realmente estava com saudades de lá. Mas não o suficiente pra não pensar naquela garota que acabara de conheçe e superou tanto as minhas expectativas.
Eu realmente espero que aquele cartão chegue até ela...

Fim de Tom's Pov.



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